Programação

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Atividades extra-evento
18/08/2019: Caminhada histórica no centro de São Paulo (organizada pela Aptrad, com a colaboração do TRADUSA)
Informações e inscrições, clique aqui

24/08/2019: Confraternização
Local: Moscatel, rua Treze de Maio, 655 – Bela Vista
Horário: 18h30-22h30
Valor: R$ 48,00
Incluso: entrada e jantar
Não incluso: bebidas e sobremesas 
Informações e ingressos, clique aqui

RESUMOS

Palestras:

Desmitificando a terminologia médica: dissecando os termos greco-latinos
Bruno Eric dos Santos

A prática médica fez necessária a criação de signos linguísticos, abreviando nomes de procedimentos, condições clínicas e doenças. Analisando morfologicamente o termo histerectomia, descobrimos ser um signo representando a remoção cirúrgica do útero; profissionais da saúde utilizam esses termos deliberadamente. Havendo um intérprete no ambiente, é necessário que ele entenda tudo o que foi dito, inclusive a terminologia. A pesquisa objetiva aprofundar-se de forma bilíngue nos termos médicos para compreendermos o significado de cada raiz, prefixo e sufixo e aplicar este conhecimento na interpretação tornando-o um facilitador de discurso, e desenvolvendo a competência terminológica no intérprete. Utilizando o estudo sobre< a formação de palavras, deve-se desfragmentar os termos morfologicamente e decorar o significado nos pares, em inglês e português. Objetiva-se constatar que intérpretes que utilizaram esta metodologia tiveram facilidade em responder corretamente o significado de muitos dos termos apresentados, e que o conhecimento os ajudou a desvendar o significado dos termos desconhecidos por eles. O desconhecimento terminológico causa hiatos na comunicação e isso interfere no bem estar do paciente. O intérprete da área médica deve buscar dominar essa terminologia para a compreensão dos discursos, sendo que saber analisar morfologicamente um termo é uma ferramenta poderosa ao lidar com termos desconhecidos.

Healthtech? Data-driven? API? A terminologia da aproximação entre TI, ciência de dados e saúde
Arthur Dias

Com o desenvolvimento exponencial do poder computacional, da tecnologia da informação e da capacidade de coletar dados, surgem novas formas de se pensar a saúde e a atenção médica. A intersecção entre a tecnologia e a saúde se torna cada vez mais frequente, e termos do mundo da programação e da ciência de dados passam a surgir no contexto médico. Como lidar com esse vocabulário técnico misto?

Entrevista psiquiátrica: exame do estado mental e alterações psicopatológicas
Karin Alencar Pereira

A entrevista psiquiátrica tem por objetivos estudar a interação verbal entre profissional e paciente, através do comportamento linguístico discursivo, estabelecer o vínculo terapêutico inicial e favorecer o diagnóstico, tratamentos, orientações familiares e prognóstico. Nos primeiros encontros, o profissional deve ter a estrutura da entrevista psiquiátrica em sua mente, permitindo, ao mesmo tempo, que o paciente conte sua própria versão. Falar de forma livre permite que o avaliador análise seus sofrimentos, conflitos e, o que pode ser muito útil, servir de alívio para o doente. Porém, o profissional deve desenvolver habilidades técnicas e reconhecer se na relação com o paciente há a projeção inconsciente de afetos básicos, os quais poderão interferir na análise racional dos fenômenos psíquicos. Portanto, a entrevista psiquiátrica se dá através das relações interpessoais e identificar as alterações psicopatológicas através do exame do estado mental é de fundamental importância para o favorecimento da interação e comunicação humana dentro da saúde mental.

Interpretação simultânea no contexto de saúde mental
Cristiano Mazzei

Intérpretes que trabalham na área de saúde mental fazem uso da interpretação simultânea com mais frequência, servindo de mediadores linguísticos em diferentes contextos, inclusive terapia de grupo. Assim como outros modos de interpretação, a simultânea requer que os intérpretes desenvolvam um conjunto de habilidades e estratégias específicas. Essa palestra oferecerá uma visão geral sobre a importância da linguagem falada em diagnóstico de saúde mental e incluirá dicas e recomendações para a prática das habilidades de simultânea.

Assisti House. Estou pronto para traduzir!
Luciana Bonancio

De tradutor, médico e louco todo mundo tem um pouco? Não é bem assim! Ser um tradutor na área médica exige estudo e dedicação que vão além de todas as temporadas de House. Porém, ter formação na área é um diferencial, não uma exigência. Vamos conversar sobre o mercado da tradução médica e sobre alguns caminhos que tradutores iniciantes podem seguir para entrar no mercado da tradução das doenças, terapias e remédios, sem perder a saúde!

A saúde dos olhos do tradutor
Isabel Vidigal

Passamos um número incrível de horas diante de uma tela (computador, celular, etc.).
Isso força nossos olhos a usar somente nossa visão curta, deixando de exercitar toda a musculatura dos olhos, que nos permite enxergar a distâncias médias/longas. Isso tem um preço, nossos músculos se atrofiam e cada vez mais cedo precisamos de auxílio externo para enxergar bem, tanto de perto como de longe. Mas existe como evitar isso, recuperando nossa saúde visual. Estou falando do Método Self Healing, que previne, promove e recupera a saúde corporal e visual por meio do trabalho do corpo e do movimento. Um sistema holístico que combina: Massagem, Visualização, Movimento, Estimulação Visual e Respiração. O método foi criado por Meir Schneider, nascido na Ucrânia em 1954. Filho de pais surdos, nasceu com estrabismo, catarata, astigmatismo, glaucoma e nistagmo. Ele foi considerado legalmente cego e alfabetizado em braile. Aos 16 anos, conheceu o método do oftalmologista William Bates (1860-1931) de estimulação da visão. Em dezoito meses ele tirava carteira de motorista. O hoje PhD, terapeuta e educador de renome internacional é o fundador e diretor da School for Self-Healing em São Francisco- EUA. Como entusiasta leiga e praticante do método, gostaria de apresentá-lo aos colegas.

A importância da terminologia na elaboração de obras de referência bilíngues da área médica
Paula Christina Falcão Pastore
Considerando a terminologia como um conjunto de termos específicos de uma área científica e/ou técnica, mas também como uma disciplina ou campo de estudos teórico e aplicado dedicado aos termos técnicos-científicos (Krieger & Finatto, 2004), observamos a necessidade cada vez maior de pesquisas que visem a elaboração de obras terminográficas, uma vez que a terminologia é o reflexo formal da organização conceitual de uma especialidade, e um meio inevitável de comunicação profissional (Cabré, 1993). Devido à demanda por traduções das áreas de especialidade, em especial da área médica, faz-se necessário o estudo da Terminologia como disciplina e sua divulgação por meio de glossários, dicionários técnico-científicos e bancos de dados terminológicos. Por conseguinte, o intuito dessas obras de referência é auxiliar uma grande gama de profissionais: tradutores, intérpretes, redatores técnicos e terminógrafos. Esta palestra procura salientar, portanto, a importância da Terminologia, posto que o estudo dessa área pode oferecer ao tradutor conhecimentos teóricos e metodológicos que facilitem o tratamento dos termos. Ademais, apresentaremos exemplos de termos médicos em inglês, por vezes desafiadores, e seus correspondentes em língua portuguesa, resultantes de uma pesquisa inicial que objetiva futuramente a elaboração de um glossário de termos da área de Radiologia.

Como se preparar para interpretar num evento médico?
Melissa Mann

A boa preparação é a base para garantir uma interpretação bem-sucedida, mas, por vários motivos, eventos na área médica geram insegurança entre os intérpretes. Mesmo com material em mãos e tempo de sobra para revisar as apresentações, intérpretes entram nos eventos sentindo que não estudaram o suficiente. Nesta palestra, abro a caixa preta do evento médico e apresento um mapa didático para enfrentar e dominar o processo de preparação adequada.

Trauma vicário e o profissional de tradução na área de saúde
Denise Bobadilha e Angela Zarate Bandeira
Como lidar com situações emocionalmente difíceis no trabalho de tradução e principalmente de interpretação na área de saúde? O que é trauma vicário? Como ele afeta o profissional de tradução e interpretação? Como se preparar para trabalhar com situações traumáticas – pacientes paliativos, stress pós-traumático, doenças raras, vítimas de violência, etc. E o que fazer depois? A palestra irá focar nos temas mais relevantes, apresentar casos reais e abrir uma discussão sobre maneiras de lidar com o trauma vicário.

Mesa-redonda:

Evolução dos Eventos Médicos no Tempo
APIC: Andréa Negreda, Maria Clara Forbes Kneese, Lívia Cais, Larissa Benevides
As Ciências da Saúde destacam-se entre as diversas áreas de conhecimento em que a interpretação é muito solicitada. Os intérpretes têm o desafio de traduzir em grandes congressos de sociedades médicas, reuniões científicas de associações, eventos patrocinados pela indústria farmacêutica para lançamento de produtos, encontros de pesquisadores, entre outros formatos. Mas será que os números de participantes, combinações linguísticas, agendas e formatos mantiveram-se idênticos nos últimos 30 anos? O que os intérpretes da área podem nos contar sobre o passado e o presente dos eventos da área médica? Para isso, convidamos três intérpretes ativos na área de medicina que irão conversar com o público e contar sua experiência, compartilhando dicas e insights que podem ajudar a todos a enfrentar os eventos do futuro.

Oficinas e Minicursos:

Procedimentos da enfermagem no atendimento ao paciente na ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
Lucia Maria dos Santos
Muito embora o conhecimento da terminologia seja essencial para área de tradução/interpretação técnica, apenas esse aspecto parece não ser o suficiente para competência tradutória. Há que se considerar a importância de se obter uma imagem mental de termos e fraseologias que surgem constantemente durante o processo de tradução e/ou interpretação. Para Piaget (1961), a imagem mental nada mais é do que a evocação simbólica de uma realidade ausente. Ela diferencia de uma representação conceitual por se tratar de uma ideia mais específica e individualizada. Pode, portanto, representar um objeto de um determinado conceito e ser usada como forma de apoio importante no planejamento para uma ação e de compreensão da realidade. Diante disso, o objetivo da oficina é instrumentalizar e aperfeiçoar a atuação do tradutor e/ou intérprete por meio da demonstração dos procedimentos da enfermagem adotados durante o atendimento ao paciente em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) para, a partir disso, conduzi-los a criação da representação mental e não apenas conceitual dos termos nesse contexto.
Público-alvo: aberta a todos os interessados
Palavras-chave: ressuscitação cardiopulmonar, procedimentos de enfermagem, imagem mental terminológica

O que é qualidade?
Maria Carolina Li Gambi
Nesta oficina, vamos nos fazer algumas perguntas delicadas: O que queremos dizer com qualidade? Quem define a qualidade no setor de tradução e localização? O conceito de qualidade do linguista é o mesmo que o do cliente? Para responder a essas perguntas, precisamos expandir o panorama, voltar nossos olhos para “the big picture”, para analisarmos também a partir da perspectiva de outros atores envolvidos e tomarmos ações estratégicas para agregar valor ao nosso trabalho.
Público-alvo: aberta a todos os interessados
Palavras-chave: qualidade linguística, qualidade procedural, estratégia, gestão avançada de ferramentas
Obs.: esta oficina será ministrada em inglês

Diferentes modalidades de eventos em ciências da saúde
Coletivo Intérpretes: Lívia Cais e Cecília Tsukamoto
A interpretação em ciências da saúde vai muito além dos congressos médicos. Intérpretes da área se deparam com diferentes desafios: auditorias em hospitais e fábricas de equipamentos médicos, treinamentos internos, lançamento de produtos farmacêuticos, congressos de sociedades médicas, reuniões clínicas, entre outros. Nesta apresentação, vamos abordar as diferentes modalidades, o que esperar, o que estudar e as dicas que podem fazer a diferença para o sucesso da interpretação. Venha participar e compartilhar sua experiência conosco.
Público alvo: aberto a todos os interessados em interpretação na área da saúde
Palavras-chave: eventos, áreas da saúde, tipos de interpretação

Noções de anatomia humana para tradutores da saúde
Ana Julia Perrotti-Garcia

Neste curso expositivo, ministrado totalmente em português, tradutores da área da saúde que tenham o português como um dos idiomas de trabalho terão noções de registro e de variações interdisciplinares e sua influência no texto traduzido e nas escolhas tradutórias. Também serão abordados epônimos e os termos correspondentes, a nomenclatura anatômica vigente e os termos clássicos ainda em uso. A seguir, veremos termos anatômicos de relação, de movimento e de comparação, bem como os planos anatômicos, meridianos e cortes anatômicos. Todo o conteúdo será ricamente ilustrado com fotografias e desenhos de peças anatômicas, bem como livros acadêmicos clássicos. Os participantes serão apresentados diversos materiais de referência da área médica, de diferentes gêneros, com a análise de sua relevância para a coleta de termos anatômicos corretos e atualizados.
Público-alvo: aberto a todos os interessados
Palavras-chave: anatomia humana, nomenclatura anatômica, registro

Inovação e desenvolvimento de produtos farmacêuticos
Anderson Carniel
Muitas terminologias em idioma inglês são utilizadas no cotidiano farmacêutico, sobretudo na área de desenvolvimento e inovação de produtos (cosméticos, farmacêuticos e veterinários). Alguns termos sequer teriam uma tradução literal, pois retratam trechos ou períodos referentes a determinados processos. Serão mostradas as fases do desenvolvimento de um produto farmacêutico, de acordo com critérios técnicos envolvendo organismos de saúde como ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) e ainda critérios de marketing que retratam preferências e necessidades dos usuários e como eles buscam ou esperam um determinado novo produto farmacêutico. Será realizada uma atividade neste minicurso, com discussões e reflexões em grupos para observação prática dessas características, bem como dos desafios para se realizar o desenvolvimento e a inovação de um produto farmacêutico.
Público-alvo: aberto a todos os interessados
Palavras-chave: inovação farmacêutica, desenvolvimento farmacêutico